Já tinha ouvido boatos da possibilidade de “O Comércio do Porto” acabar, na altura senti um sentimento de tristeza, era “só” o jornal que o meu pai comprava e que eu apesar de regularmente “espreitar” não lhe dava um destaque especial. Hoje prendi-me à última edição na expectativa de comprovar que seria o dinheiro o causador deste abrupto tiro mortal. Confirmei as minhas suspeitas, revoltei-me e emocionei-me muito… pois é tanta a paixão de um projecto, o verdadeiro vestir a camisola, a indignação e tristeza “polvilhada” de muita esperança que encontrei nos testemunhos dos jornalistas, que foi difícil travar o nó na garganta e reter as lágrimas…
Mais uma vez, o dinheiro encurta uma história, esta já contava com 151 anos. Mais uma vez, tudo o que é mais importante num jornal: a missão de (in)formar, de encurtar distâncias, de nos proporcionar “viagens”, a arte da escrita e os encantos do jornalismo ficam para segundo plano…
E este sentimento não é novo para mim, numa outra dimensão, mas com uma outra proximidade também, já vi pelas mesmas razões morrer o “Área Protegida”, o anterior suplemento dos Amigos do Cáster. Pouco tempo passou e conseguimos fazer nascer outro projecto, pelo qual me sinto igualmente “agarrada”.
O “Praça Verde” é uma das portas para a nossa comunidade enquanto associação, tem na sua missão formar mentes mais conscienciosas a nível ambiental, é feito por quem gosta de escrever e partilhar a troco de dinheiro nenhum, não somos jornalistas, mas muitas vezes também o sentimos.
A Engenharia do Ambiente foi mais forte num momento de decisão na minha vida, uma das minhas paixões de adolescente era o jornalismo, as ciências exactas e os números que gosto bastante podem ter “roubado” algum jeito da escrita, mas não me roubou a paixão, por isso hoje acho que Portugal perdeu muito!
Espero vivamente que “O Comércio do Porto” consiga financiadores, e que a frieza do dinheiro que “assombra” constantemente estes projectos seja vencida… Mas como sabem, manter vivo um jornal também depende de nós…
Desculpem, mas precisava de desabafar!
Mais uma vez, o dinheiro encurta uma história, esta já contava com 151 anos. Mais uma vez, tudo o que é mais importante num jornal: a missão de (in)formar, de encurtar distâncias, de nos proporcionar “viagens”, a arte da escrita e os encantos do jornalismo ficam para segundo plano…
E este sentimento não é novo para mim, numa outra dimensão, mas com uma outra proximidade também, já vi pelas mesmas razões morrer o “Área Protegida”, o anterior suplemento dos Amigos do Cáster. Pouco tempo passou e conseguimos fazer nascer outro projecto, pelo qual me sinto igualmente “agarrada”.
O “Praça Verde” é uma das portas para a nossa comunidade enquanto associação, tem na sua missão formar mentes mais conscienciosas a nível ambiental, é feito por quem gosta de escrever e partilhar a troco de dinheiro nenhum, não somos jornalistas, mas muitas vezes também o sentimos.
A Engenharia do Ambiente foi mais forte num momento de decisão na minha vida, uma das minhas paixões de adolescente era o jornalismo, as ciências exactas e os números que gosto bastante podem ter “roubado” algum jeito da escrita, mas não me roubou a paixão, por isso hoje acho que Portugal perdeu muito!
Espero vivamente que “O Comércio do Porto” consiga financiadores, e que a frieza do dinheiro que “assombra” constantemente estes projectos seja vencida… Mas como sabem, manter vivo um jornal também depende de nós…
Desculpem, mas precisava de desabafar!
4 comentários:
E que desabafo...
É um orgulho ser tua amiga e ter o prazer de fazer de algum modo parte do teu mundo:)
Era muito bom que existissem mais pessoas com a capacidade de gritar a sua revolta perante as injustiças que tantas vezes fazem parte deste mundo por vezes tão frio e com a coragem de agarrar as suas vontades com tanta força.
Boa sorte para todos os teus projectos Li!
Sempre que me for possível darei aqui um saltinho neste cantinho verde
Beijos
Dani
estou perfeitamente de acordo contigo li e tenho o mesmo sentimento que tu, pois tambem vi morrer dois projectos que eu gostava muito( moitinhas e área protegida)e bem sei o que isso custa.Se no primeiro caso foi por desacordo com o jornal, o outro foi pela mesma razao que leva hoje o comercio do porto a fechar, ou seja por dinheiro.Infelizmente á ainda pessoas que n csg ver q á certas coisas que n nasceram para dar lucro financeiro mas sim um lucro cultural, que tantas vezes é muito mais importante que as meras razoes financeiras.
esta é a minha opiniao e continuo a acreditar que ao contrário de tudo que aprendi no curso, que n se pode ver lucro em tudo, e que á certo lucro que so pode mesmo ser sentido e vivido dentro do coraçao..
beijinhos
Paulao
viver agarrado ao passado nunca foi boa ajuda.
se um projecto não tem viabilidade económica é certo que algo tem que ser mudado. ou o estado cria mais um subsidiodependente, ou há uma grande reestruturação ou tem k fechar.
talvez seja esta última solução a mais adequada neste momento por mais que nos custe.
temos que olhar em frente. creio que novos projectos surgirão, com mais vigor e inovação.
Olá Peixinho!
já agora que nome tem o peixinho?
Gostei de ler o teu comentário, é uma visão mais racional e como deves ter percebido o meu post é todo ele fruto das emoções..
Acredito nos novos projectos, que brotem e que tenham sucesso, mas não concordo que não se lute por vingar os existentes!...
as recordações ajudam-nos a melhorar o presente e a perspectivar o futuro, não concordas? Um abraço
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