sexta-feira, outubro 14, 2005

É aqui mesmo ao lado Cine-Teatro de Estarreja

O ine-Teatro de Estarreja (CTE) reabriu dia 18 de Junho com a premissa de se tornar um local de encontro, de oferta cultural diversificada, aprendizagem, discussão, apoio aos eventos e artistas da comunidade, cruzamento de propostas e formas de criação artística.Além de espectáculos, o cinema (programado em parceria com Cineclube de Avanca), ocupa os domingos e segundas-feiras com um filme em cartaz, e as terças-feiras com um filme de alternativo. A partir de Novembro, no primeiro domingo de cada mês, promove-se também uma sessão de cinema para a infância.Neste mês de Outubro, fruto de uma colaboração entre o Cine-Teatro de Estarreja (Câmara Municipal de Estarreja) e o Ballet Contemporâneo do Norte (BCN), serão acolhidas no CTE os principais eventos da VIII Semana da Dança Contemporânea que se estenderá pela quinzena de 14 a 29 de Outubro. Destacam-se as presenças internacionais da Companhia de Dança Mexicana da Casa de Cultura de Oaxaca (México) nos dias 22 (21.30 horas) e 23 (17 horas) e da consagrada Silesian Dance Theatre (Polónia) no encerramento do evento a 29 (21.30 horas).Esta formulação conceptual da programação, realizada com sentido de oportunidade no espaço e no tempo, é essencial para através de diferentes propostas artísticas, criar permanente diálogo entre artistas e públicos conduzindo-os à descoberta e aprendizagem de novas linguagens, novas emoções. Assim, evitando que a programação não seja apenas uma manta de retalhos sem sentido, além da concepção do primeiro mês de actividade (Julho) como o "Mês do Cinema", onde foram programados espectáculos que aliavam o cinema a outras formas de expressão artística (do qual se destaca a presença de Bernardo Sassetti e o filme "Maria do Mar"); e da Dança agora em Outubro; Novembro será marcado pela realização do primeiro EstarreJazz entre 7 e 12 de Novembro. Em 2006, poderão vir a ser integrados outros eventos na programação regular do CTE tais como um festival de humor (aliando-se à tradição carnavalesca da região), um festival de teatro, etc.Visando o desenvolvimento de públicos (sua captação, qualificação e fidelização), a programação do CTE conta prioritariamente propostas culturais enriquecedoras ao nível individual e colectivo (evitando pactuar exclusivamente com a facilidade de determinados produtos culturais, ainda que assumem largas audiências), complementadas com actividades paralelas (workshops, colóquios, exposições, etc.). O facto do CTE não estar formalmente incluído na Rede Municipal de Espaços Culturais ou na Rede Nacional de Teatros e Cine-Teatros conduz a não ter apoio imediato do POC para programação no seu início de actividade, com as subsequentes dificuldades óbvias. O poder central, além de promover a recuperação/construção de espaços culturais como o CTE, deveria dotá-los de um conteúdo que faça jus a esse investimento, regulando e estabilizando o seu funcionamento (como no caso da Rede Nacional de Bibliotecas), incutindo e apoiando a constituição de equipas especializadas, e a efectiva programação em rede. Independentemente desta falta de acompanhamento do poder central, confia-se que o poder autárquico local, sensível a estas necessidades, venha a promover cada vez mais um funcionamento regular e consequente do CTE.O CTE reforça Estarreja no mapa cultural nacional e são exactamente cada vez mais as cidades médias que revelam capacidades de uma apropriação justa das suas iniciativas, as fomentadoras da cultura como um motor de desenvolvimento integrado e sustentado, transversal a todos os sectores da sociedade.

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