segunda-feira, abril 07, 2008

14.AMBIENTE IMAGENS DISPERSAS.2008

Catarina Casanova, antropóloga especializada em primatologia, é o caso de mais uma pessoa que desviou a sua vida para o conservacionismo.

DARI no AMBID2008 em Ovar


Ao longo do seu trabalho académico Catarina Casanova, começou por investigar primatas no Jardim Zoológico de Lisboa passando pelo UGANDA/RUANDA, apaixona-se pela mata do cantanhês, onde depara com o flagelo infligido à comunidade de primatas daquela área. Daí até à ideia de um projectopara criação de um santuário de primatas foi apenas um pequeno passo. Este é um dos trabalhos da investigadora.

Daqui nasce o documentário da TSF coordenado por Carlos Vaz Marques, «Dari, um primata como NÓS», e o mesmo título serve para apresentar o mesmo trabalho no nosso AMBIENTE IMAGENS DISPERSAS 2008.

A relação de Catarina Casanova com a fotografia é transmitida através deste texto: «A expressão “artística” (fotografia) na minha actividade profissional funciona como ferramenta o meio auxiliar para ilustrar o processo de investigação.
Não sendo fotógrafa amadora, tenho como objectivo ilustrar as diferentes fases do processo de investigação relacionadas com a recolha de dados.
Há dois factores essenciais que têm que estar “sintonizados” para que uma imagem possa ser captada de forma a ilustrar a realidade:

Catarina Casanova - AMBID2008 em Ovar


1) Nas caminhadas diárias de vários kms sob o calor sufocante há que ter a máquina fotográfica fora do estojo e preparada para “disparar”. Isto acontece muito poucas vezes uma vez que o objectivo é procurar ou seguir chimpanzés independentemente das fotos que se possam tirar: há que identificar eventuais vestígios indirectos da presença destes animais como pegadas, pedaços de alimentos deixados para trás, fezes, ninhos entre outras, há que geo-referenciar as mesmas para além dos diferentes tipos de habitats;

2) Os chimpanzés, à semelhança de muitos outros primatas são tímidos e fogem dos humanos sempre que podem. Este facto faz com que os encontros não sejam tão frequentes como o desejado: muitos metros antes de vermos quaisquer chimpanzés já estes se estão a afastar de nós. Muito ocasionalmente a objectiva consegue “apanhar” algum que ficou para trás ou que não deu pela nossa presença tão rapidamente. Claro que a acrescentar a tudo isto está o facto de nada se ver a poucos metros de distância devido à exuberante vegetação. Assim, nessa fracção de segundo não há tempo para usar tripés e às vezes nem para focar a objectiva (quanto mais para fotos elaboradas).
Esta colaboração com os Amigos do Cáster apresenta-se como uma oportunidade para divulgar trabalho científico na área da conservação da biodiversidade e, simultaneamente, poder dar a conhecer quais as condições de terreno às quais estou sujeita e que seriam semelhantes às condições a que um fotografo de vida selvagem estaria sujeito: muito calor, muitos insectos e objectos de estudo que não “posam” para a foto, antes pelo contrário.

Catarina Casanova. Março 2008»


A SUA APRESENTAÇÃO SERÁ UM DOS MOMENTOS MAIS ALTOS DE TODOS OS "AMBIENTE IMAGENS DISPERSAS".

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